SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE!!!

NÃO DEIXE DE INFORMAR SUAS IMPRESSÕES, NO LINK COMENTÁRIOS, NO FINAL DESTA PÁGINA!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO – ARTIGO

Minha reflexão inicial passa pela análise do binômio: autoridade e liberdade. Nas palavras de Vasconcelos (2003): “A autoridade, vista como algo externo ao grupo social em que ela se efetiva, arbitrariamente imposta a muitos pela vontade de poucos, exercida sem limites claros do que pode ou não ser feito em seu nome, não é autoridade legítima; é expressão do autoritarismo...o autoritarismo oprime pela força, quer seja física (violência), quer psicológica (coerção), cria dependência e submissão, impedindo o pleno desenvolvimento do indivíduo ou do grupo” (p. 66). De fato, o autoritarismo é reflexo da insegurança do professor que procura o meio mais fácil de se fazer ouvir e respeitar. Ledo engano. Este “respeito”, na verdade, se confunde com o medo. Medo da reprovação, medo da exposição do aluno em relação aos demais colegas, medo de não aprender e de falhar. Ora, os bancos escolares são ambientes sadios e seguros para os erros. Erros que, através da atitude colaboradora do professor, vão paulatinamente se convertendo em acertos.
Levando em conta a minha experiência e o fato de que, acompanho alunos no quarto, quinto, sexto e nono períodos, é evidente o aprimoramento destes discentes ao longo da caminhada escolar. É com muita felicidade que confirmo que os iminentes bacharéis do nono período são alunos bastante diferentes daqueles com os quais trabalhei no início de sua jornada universitária. São mais seguros, tem muito mais conteúdo e conseguem transmitir suas idéias através de uma escrita clara e concatenada. E é claro que isto só foi possível por que eles erraram, e muito. E puderam contar com a colaboração camarada e atenciosa de um professor que não impôs o medo e sim, o incentivo a retirar o melhor daqueles erros, fazendo-os crer que as falhas são importantíssimas no processo ensino/aprendizagem.
O outro ponto que considero central é a identificação e exploração, pelo professor, da diversidade cultural, social e a relativa a faixa etária dos alunos. Como destacou Libâneo (2002, p. 28) o professor precisa “conhecer e compreender motivações, interesses, necessidades de alunos diferentes entre si, ajudá-los na capacidade de comunicação com o mundo do outro, ter sensibilidade para situar a relação docente no contexto físico, social e cultural do aluno”.
Talvez um dos maiores desafios do professor e com o qual tenho lidado desde o início de meu labor acadêmico seja, exatamente, a origem extremamente heterogênea de meus alunos. Com flexibilidade e sensibilidade, tenho tentado identificar os diferentes grupos para utiliza-los como exemplos dentro de sala de aula e demonstrar o quanto a matéria ministrada se aplica e é importante, para cada um destes grupos. No meu caso, professor de Direito do Trabalho, esta tarefa resta facilitada tendo em vista que o conteúdo é utilíssimo não só ao profissional de Direito, mas também a todos aqueles que trabalham, já trabalharam ou ainda vão se ativar e necessitam conhecer os axiomas e aspectos legais da disciplina.
Finalmente, quanto aos novos e contemporâneos meios tecnológicos de ensino/aprendizagem e, particularmente, frente a uma matéria cuja regulamentação é bastante carente e antiga, a jurisprudência e doutrina tem sido, há alguns anos, as grandes fontes integradoras para o entendimento e aplicação legal do Direito Laboral. As novas formas de Trabalho (teletrabalho, trabalho em domicílio, trabalhos puramente intelectuais, etc) vem requerendo dos juristas reflexões profundas, comparativas e, principalmente, ajustadas ao fato social. Tais reflexões doutrinárias e caminhos jurisprudenciais, hoje, são facilmente encontrados na rede mundial de computadores. Já não há como se pensar em estudo profundo do Direito sem acesso a Internet e, esse incentivo à pesquisa virtual deve ser, diariamente, estimulado e incentivado pelo professor moderno.

  Rodrigo Octavio Florez Fernandes Junior
PROF DIREITO DO TRABALHO
UNESA – DUQUE DE CAXIAS